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terça-feira, 29 de junho de 2010

Compostagem - capítulo 1

Minha mãe e minha irmã já estão fazendo (sim, esse "vírus" da sustentabilidade pode ser hereditário). Aí, peguei umas dicas com a super Consuelo Grossi (paisagista, viveirista, mãe, esposa e voluntária da SOS Mata Atlântica nas horas vagas) e resolvi começar uma minicompostagem aqui no meu apartamento.
A foto mostra o dia 2 na vida deste futuro quem sabe adubo das minhas plantinhas. Como ela é mini, está se formando em um pote de sorvete reaproveitado. Por enquanto, tem cascas de cebola e de ovo. Ainda vai ganhar folhas secas e pó de café. Também preciso picar mais o que já está aí, isso ajuda na mistura.
Consuelo deu a dica de que em espaços pequenos é melhor não colocar nada que gere chorume, para evitar os mosquitinhos e o mau cheiro. Mas se você tem espaço e coragem pode colocar tudo o que sobrar de comida. Afinal, um terço dos alimentos que compramos vai para o lixo, acredita? Se for tentar, não coloque nada químico, tá?
Outra dica dela é que precisa mexer a mistura de vez em quando, então se for fazer em um latão é melhor já colocar um cabo de vassoura ou algum tubo desde o começo.
Se animou, veja que meigo este videozinho do youtube:

domingo, 27 de junho de 2010

Ah, o banho!

Cantar no banho é algo realmente estimulante. Você já tentou? Vale a pena! Mas, porém, contudo escolha UMA música, a melhor, e tente fazer o seu banho durar o mesmo tempo que ela, sem repetir o refrão um milhão de vezes. Hahahaha
Para o ambiente e para a pele, um banho rápido (e morno) é a melhor receita. Rápido é igual a 5 minutos, tá? E um banho por dia é mais do que suficiente, isso também dizem os dermatologistas.
Se for se ensaboar, passar shampoo ou algum creme, pode desligar o chuveiro neste meio tempo. E se o seu chuveiro é daqueles que demora para esquentar, use a água que cai para alguma coisa. Pode lavar algo ali mesmo ou usar um balde, depois a água pode servir para o tanque, a pia ou a máquina de lavar.
Tem gente que tem economizado tomando banho junto. O que também traz ganhos secundários, né? E, ainda, faz diferença na conta no final do mês.
E você, como aproveita melhor a água do banho?


PS: O filme de Xixi no banho ficou com prata na categoria "Titanium and Integrated".

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Xixi no banho: essa todo mundo entende

Fazer xixi no banho é um grande exemplo de como ser sustentável pode ser simples e até divertido. A ideia brilhante dos criativos da agência FNazca, feita para a Fundação SOS Mata Atlântica (onde eu tive o prazer de acompanhar a campanha bem de perto), ganhou o mundo com este vídeo.





E é com ele que a campanha acaba de chegar onde nenhuma outra campanha brasileira esteve, na lista de finalistas da categoria "Titanium and Integrated" do Festival de Cannes. O resultado sai nos próximos dias. Acompanhe na página do concurso. Dedos cruzados!
A equação proposta é muito simples: se você deixar de dar uma descarga por dia, milhares de litros de água (potável) são economizados em um ano. Então, esqueça se foi educado de outra forma e faça xixi na hora do banho. No começo do banho e bem pertinho do ralo. rsrsrsrs
E se não quer aderir, tudo bem, compense encontrando outras formas de economizar este líquido tão precioso e essencial para a nossa vida.  No site da campanha tem outras sugestões também.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Pequenas grandes idéias para... reutilizar

Os três Rs (reduzir, reciclar e reutilizar) vêm ganhando vários companheiros e hoje já são inúmeras as palavras incluídas neste grupo. Repensar, recusar, recriar... A verdade é que elas acabam se misturando o tempo todo e a gente repensa para recusar, recria para reutilizar e assim vai. Nem precisa falar que muitos Rs vão passar por aqui ao longo da vida deste blog, né?

Então vamos há algumas ideias para donas e donos de casa empenhados em reutilizar. São atos que ajudam a diminuir a geração de resíduos, amenizar o consumo de itens desnecessários e ainda podem salvar alguém que esqueceu de passar no supermercado.
Primeiro exemplo: comecei a guardar aqueles arames que fecham embalagens como as de pão de forma, sabe? Eles são ótimos para fechar sacos de arroz, feijão ou café e substituem prendedores ou outros apetrechos. Também reencontrei outro dia requeijão com copo de vidro! Bem melhor do que comprar um pote que só iria ocupar espaço na lata de recicláveis.

Uma vez comprei um pote de amendoim na Casa Santa Luzia, que é tudo de chique. Quando o conteúdo acabou, virou esse pote de café.




Temos cinco vasos de plantas em casa e encontrei em uma garrafa de cerveja o perfeito regador. Olha como ele leva a água perfeitamente para o meio das folhas.







Encontre as suas alternativas e have fun.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Quanto mais solidário melhor

Solidariedade faz bem para a alma e também faz bem para o planeta. Dizem que a cada roupa nova que se compra, deve-se doar uma antiga. Se você olhar bem aí na gaveta, talvez possa doar várias antigas. E se pensar um pouquinho mais, talvez não precisasse comprar as novas e ainda assim poderia doar algumas peças que não usa mais.
Sábado o caminhão da Campanha do Agasalho passou aqui em frente de casa. Este é “o” momento do ano em que para mim São Paulo parece cidade do interior. De um jeito bom. O caminhão passa com som alto e fica um tempinho gritando em cada quadra para que as pessoas colaborem. Me faz lembrar o carro da pamonha... (Pamonhas, pamonhas, pamonhas... pamonhas de Piiiiiiiracicaba)
Voltando do flashback... A gente ainda não tinha separado as doações no sábado, mas hoje preparamos a sacola. Fiquei pensando em quantas coisas temos sobrando, quantas vezes exageramos. Nossa vida tente a ser cada vez mais individualista e nessas vamos deixando móvel jogado no quartinho dos fundos, comida estragando no armário. E aquele monte de coisa que fica quando acaba uma festa de aniversário não muito bem planejada? Hellooooo, tem gente com fome aí fora! Se a gente fizer essas “sobras” (as boas, heim?) andarem mais um pouco pelo mundo, elas podem fazer muita gente feliz, diminuir o consumo e estimular um bom papo. Pode ser que algo interesse para o seu amigo, seu vizinho ou aquele albergue que fica aí perto do seu trabalho.
Você ainda pode doar sangue, oferecer carona, ouvir um desabafo, oferecer seu tempo livre para uma causa que valha a pena e dar um sorriso para alguém sem esperança. Solta aí sua criatividade!

Para quem está em São Paulo, fica a dica da Campanha do Agasalho. É um bom começo!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

“Sem ideias não vamos a parte nenhuma”

José Saramago é um dos poucos ídolos que tenho. E hoje ele morreu. Estou em luto.

Este último post do blog dele é um belo convite a pensar sobre nossa relação com o mundo. Leiam:

“Acho que na sociedade actual nos falta filosofia. Filosofia como espaço, lugar, método de refexão, que pode não ter um objectivo determinado, como a ciência, que avança para satisfazer objectivos. Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, nao vamos a parte nenhuma.


Revista do Expresso, Portugal (entrevista), 11 de Outubro de 2008”

Se quiser mais Saramago para se despedir e refletir sobre sustentabilidade, leia “A Caverna” sobre um oleiro que enfrenta as mudanças do seu negócio e as novas velocidades impostas pela sociedade.

Aqui vai um trecho: "A partir desse dia, Cipriano Algor só interrompeu o trabalho na olaria para comer e dormir. A sua pouca experiência das técnicas fê-lo desentender-se das proporções de gesso e água na fabricação dos tacelos, piorar tudo quando se equivocou nas quantidades de barro, água e desfloculante necessárias a uma mistura equilibrada da barbotina de enchimento, verter com excessiva rapidez a calda obtida, criando bolhas de ar no interior do molde."

E agora vou pra estante babar no autógrafo que consegui quando ele esteve em São Paulo e checar quais livros me faltam.



quinta-feira, 17 de junho de 2010

A escada

Posso não ter conseguido ainda trocar o carro pelo metrô, mas há um ano troquei o elevador pela escada. Eu percorro apenas dois andares entre meu apartamento e a garagem, tudo bem. Mas você já olhou alguma vez pela janelinha do elevador para ver o esforço que ele faz antes de chegar até você? Num prédio de 20 e tantos andares, como o meu, às vezes ele sai lá de cima, isso tudo para me transportar apenas dois andares. E tem gente que ainda chama os DOIS elevadores, para ver qual chega mais rápido. Infelizmente ainda não tem aqui aquele sistema inteligente que coordena os elevadores.

Optar pela escada também ajuda a quebrar o sedentarismo. Tanto para a sustentabilidade como para a saúde é pouco, mas melhor que nada. Se não dá para fazer em casa, tente no trabalho ou em algum outro prédio que frequentar. Aliás, deveria ter uma lei obrigando os prédios comerciais a deixar as escadas mais visíveis, não é não? Hoje elas são tratadas apenas como saídas de emergência, usadas só em último caso.

E por falar em elevador, veja que bacana este modelo, que ajuda ciclistas a subirem uma ladeira de Thomdheim, na Noruega. Não consegui ver se usa alguma energia alternativa, mas pelo menos incentiva o uso da bicicleta.

E este outro link no G1 é sobre uma pesquisa que indica que subir escada pode aumentar a expectativa de vida! Tá convencido?

terça-feira, 15 de junho de 2010

Meu ponto fraco: o transporte

Talvez você já tenha desistido de mim. Afinal, quem se diz "ambientalista" e consome "três planetas"...?! Eu já falei que erro bastante e cedo às tentações deste nosso mundo, né? Então, sei bem qual é meu principal ponto fraco para ter uma vida mais sustentável. É o TRANSPORTE.
A questão é que quando vim para São Paulo, vim com meu carrinho. E foi com ele que aprendi a andar aqui, a me proteger e a desvendar a cidade grande. Sou dependente dele. O que eu faço para amenizar a situação?
Primeiro, tenho um carro econômico, popular e básico, suuuuuper básico. Procuro cuidar bem dele (se o carro estiver direitinho não vai emitir aqueles gases desagradáveis), só abasteço com álcool e faço tudo o que posso perto de casa, sem carro. Médico, supermercado, farmácia, padaria... tudo a pé ou no caminho de casa para o trabalho.
Mesmo assim permaneço com a consciência pesada e quero resgatar a bike, frequentar mais o metrô e adotar outras alternativas. São minhas metas para ser "mais verde".
Como o castigo vem rápido, hoje mesmo fui punida. Dia de estreia do Brasil na Copa do Mundo, levei uma hora e meia para percorrer cerca de 6 km. Ouvi os primeiros rojões quando ainda estava tentando encontrar um caminho que me trouxesse para casa, em meio a uma paisagem como esta da foto ao lado.

Se você precisa de mais elementos para se animar, vamos lá.
No site do Movimento Nossa São Paulo você pode conferir alguns dos indicadores alarmantes sobre a chamada mobilidade urbana (como as pessoas se locomovem - ou não).
Mas infelizmente este não é um problema exclusivo de São Paulo. Já perdi avião em Curitiba por causa do trânsito e tive que madrugar em Maceió para chegar a tempo de uma reunião na cidade vizinha. E olha que eu nem rodo tanto assim, viu? Neste outro link você pode conferir mais experiências ligadas ao tema.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Tomar consciência do seu impacto

Quase tudo o que a gente faz utiliza algum recurso natural, ou seja, tem impacto sobre a Terra. Experimente ficar sem respirar ou sem tomar água. E de onde você acha que vem o ar e esse líquido tão importante? Vêm da natureza (se você está lendo este blog pelo menos não deve achar que água vem "da torneira", né?).
O primeiro passo para ser uma pessoa mais verde é tomar consciência do tamanho do rastro que a gente deixa no mundo com a nossa existência. Afinal de contas, ninguém aqui vai voltar à época das cavernas, mas todos nós podemos ser mais comedidos no uso que fazemos do que a Terra nos dá.
Se você não tem conhecimento suficiente para fazer esse exame de consciência sozinho, tente dar uma olhada neste site do WWF.
Eu fiz o teste e estou pasma! "Se cada pessoa do planeta adotasse o meu estilo de vida, seriam necessárias 3 TERRAS para suprir as necessidades da humanidade."
As perguntas que definem a Pegada Ecológica são sobre alimentação, hábitos, consumo, moradia e transporte. Vou parar por aqui porque o golpe foi forte.
E você, o que descobriu?

Começando: por que ser "mais verde"?

Veja o que acha do meu raciocínio: o mundo começa dentro de você. É isso mesmo. Este imenso universo que a gente não tem capacidade de saber até onde vai começa aí dentro do seu corpo, com o que você pensa, o que você sente e o que você faz. Depois, vai se expandindo para sua família, sua casa, seu bairro, seu país... e estoura pro mundão.
O universo é feito de recursos FINITOS (isso mesmo, sem o "i"). E se você não cuidar, já começa tudo errado. Então, proponho que a gente pare de encontrar desculpas, pare de culpar os outros e tome uma atitude na parte do mundo que a gente realmente tem controle: dentro da gente. Topa?

Pra inspirar um bocadinho mais, veja e ouça lá:

A gente ainda pode voltar à fase do “porquê” muitas vezes, mas vamos deixar ela de lado um pouco e passar ao “como”.