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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Volta em grande estilo: com Dalai Lama

Eu já escrevi aqui que acredito que um mundo mais justo e mais sustentável começa dentro da gente e nas nossas relações com as pessoas. Sábado passado (17/9) tive a oportunidade de acompanhar a palestra do Dalai Lama no Anhembi e ouvir muitas palavras sábias que comprovam esta minha tese.

Não sou budista, mas tento praticar alguns dos princípios que existem nesta crença. Tudo começou para mim com o livrinho “Beginning To See”, que ganhei de uma amiga budista no longínquo ano de 1999. A imagem do “save yourself” ao lado é de uma das páginas do livro, escrito em inglês e chinês.

Voltando ao Dalai Lama, cada pequena atitude dele e da equipe de apoio me fizeram pensar na diferença entre aquele ambiente caloroso que conseguiram criar num espaço tão cinza e o mundo que vivenciamos aqui fora. Enquanto falava da paz no mundo, ele também se preocupava com o bem-estar do seu tradutor. E da equipe que estava na organização ouvi mais “obrigado” e “desculpe” do que quase minha vida inteira. Rs Quando o prefeito de São Paulo subiu ao palco, parte do público ensaiou uma vaia. Algo tão descabido para aquele momento, que o próprio público transformou em palmas.

Dalai Lama falou que este tem que ser o século do diálogo, calcado na interdependência entre os povos e nações. “Destruir o seu vizinho representa sua própria destruição”, resumiu, citando aqui as questões ecológicas. Ele também nos lembrou que desmilitarizar o mundo começa por um desarmamento interno: “raiva, ódio, medo, inveja e ganância são as primeiras fontes de violência”.
E aqui estão mais alguns pequenos trechos que me tocaram especialmente nesta manhã de grande reflexão: “Precisamos ter visão, uma perspectiva ampla, global, com disposição para trabalhar para este mundo. E também precisamos de Educação, um instrumento que pode ser usado de forma construtiva ou destrutiva. Meus jovens irmãos e irmãs, é preciso cultivar o calor do coração, prestar atenção nele para ter uma vida mais feliz. A autoconfiança reduz o medo e permite ter paz interior. (...) Formamos uma comunidade e temos uma responsabilidade perante ela. (...) Devemos apreciar nosso inimigo como alguém que nos dá uma chance de cultivar a paciência. (...) Se nove vezes você fracassa, nove vezes se põe de pé.”
Depois disso, só com muita pausa para reflexão, não é não?