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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Como lavar louça com menos água

Back to basics. Aos poucos a gente vai conquistando alguns desafios importantes, mas sempre tento olhar para aqueles atos simples e enxergar os detalhes que podem me deixar mais sustentável. Quando lavo a louça, tento encontrar novas formas de gastar menos água. Afinal, uma lavagem de louça mal feita gasta mais de 100 litros de água! Algumas dessas dicas, minha mãe me ensinou, ela é mestra nisso. Talvez você tenha outras sugestões. Se for o caso, comente, conte pra mim!
- Tire bem a sujeira das louças e acumule algumas peças na pia (se você lavar apenas uma, vai gastar toda a água só para ela). Posicione as peças dentro da pia de forma que elas aproveitem a água que cai. Isso também vale para aquelas panelas que precisam de água para amolecer a sujeira e até para lavar embalagens que serão recicladas. A panela de pressão ou o copo do liquidificador são ótimos para ficar recebendo água.
- Deixe a torneira semiaberta, se o jato estiver forte demais vai desperdiçar e se molhar. E feche a torneira sempre que possível. Não menospreze os intervalinhos entre colocar uma louça no escorredor e pegar a próxima.
- Organize as louças para ir das mais limpas (copos, por exemplo), para as mais sujas (panelas), assim quando chegar nessas últimas elas já estarão amolecidas. Organize também as que podem ser lavadas juntas ou as que podem “se ajudar”
- Use menos detergente. Se a panela está engordurada (vamos crer que vc já separou o óleo, né?), coloque um pouco de água e uma gota de detergente. Deixe um tempinho que já vai ser suficiente.
- Dependendo da quantidade de louças, você pode ensaboar todas e depois enxaguar todas juntas de uma vez.
- Limpe a pia quando estiver chegando nas últimas louças, assim a própria água da louça fará o serviço de deixar tudo limpinho no final.
E, para relaxar, duas animações sobre água que eu adoro:





Animação gota d agua por ravnos no Videolog.tv.




quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O que as escadas rolantes dizem sobre nós?

A escada rolante é uma daquelas maravilhas do mundo moderno que a gente já nem se dá mais conta de quanto usa e abusa. Uma vez, ao chegar na Rodoviária de São Paulo vi um senhor paralisar em frente a ela porque nunca tinha visto nada igual. De fato, em algumas cidades ela ainda nem existe. Em Indaiatuba, ela foi novidade no final dos anos 90 e a criançada ia para o shopping para ficar subindo e descendo.


Hoje, cheguei de viagem no Aeroporto de Congonhas e uma senhora que estava no meu vôo fez como o senhor vindo do interior: paralisou sem entender o que era aquilo que se movia na frente dos seus pés. Eu falei um tímido: “a senhora quer ajuda?”, mas foi tímido demais, não serviu para nada. Uma moça que vinha em seguida conseguiu exercer a gentileza. Chegou, pegou na mão da senhora sem dizer nada e viajou escada abaixo. Gente, a mulher aprendeu a andar de avião antes de aprender a usar a escada rolante! E um monte de gente neste Brasil que a gente desconhece NUNCA VIU UMA ESCADA ROLANTE! E eu não consegui ajudar a mulher!

Há alguns anos, tive o prazer de reapresentar São Paulo a uma querida amiga de Recife que só tinha vindo para cá na infância. Agitada como só, ela se identificou de cara com a cidade, mas ficou espantadíssima com um detalhe que a gente que está aqui todo dia nem vê: as pessoas andam na escada rolante! Não é que é verdade? Para na escada do metrô de uma forma que feche a passagem e você será atropelado ou xingado na certa. Será que precisa? Então vai pela escada normal, faz exercício e deixa de estimular o uso de energia.

Tudo isso me faz lembrar um livro que para mim foi muito especial. É o "Devagar", escrito por Carl Honoré. Ele nos lembra como faz diferença comer sem pressa, se concentrar, respirar, enxergar as pessoas que estão à sua volta... e principalmente viver um momento de cada vez, conscientemente. Só assim eu pensaria em dar a mão amiga pra tiazinha e, quem sabe, até bater um papo para conhecer o que a trazia a esta cidade enquanto atravessávamos o saguão e eu explicava onde ela poderia resgatar suas malas. Ok, vou reler o livro. :)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Aprendizados praianos no Réveillon do Guarujá


Feliz 2011! Meu fim/início de ano foi no Guarujá, praia que freqüento desde criancinha. Entre uma caipirinha e outra, papos-cabeça, leituras e sol, muito sol, todo mundo se pegou pensando e falando em ser mais verdinho.

Com a ajuda da minha irmã, registramos o triste momento da foto acima. Um grupo deixou a mesa cheia de seus restos, a moça da barraca (dona da mesa) jogou tudo para a areia (a mesma areia que garante o sustento dela!) para liberar a mesa. Talvez ela fosse juntar o lixo mais tarde, mas talvez a água do mar chegasse antes ou as passadas das pessoas misturassem o lixo com a areia, aí já era.

Minha mãe juntou as latinhas de cerveja (separadas e limpas pelos "meninos" da casa) e levou para os catadores na praia e meu pai percebeu que ter um box menor no banheiro é uma excelente tática para obrigar a pessoa a fechar o chuveiro para se ensaboar (“Não tem jeito, se não desligar a água cai em cima de você e você não consegue se ensaboar”, ele constatou).

De um lado, pela minha família, vejo que “todo mundo” já tem alguma informação sobre sustentabilidade e ao menos tem consciência dos seus atos. Mas de outro, ao ver tanto lixo jogado (e esta foto é só um mínimo exemplo) num espaço que é de todos, mas é cuidado por ninguém, vejo que ainda tem muita gente para ser contaminada pelo Lado Verde da Força.

Então, vamos lá, decisão de Ano Novo: contamine-se ainda mais e ajude a contaminar outras pessoas para que a gente tenha um 2011 verde brilhante iluminado (com luz natural :)).

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O ônibus fica imundo em dia de chuva, mas ainda vale a pena



Tem coisas sobre transporte público que ninguém conta para uma iniciante como eu. Tipo: o ônibus pode passar naquela avenida, mas não necessariamente vai parar em todos os pontos dela (e você fica lá, com o braço balançando... :)) ou que o ônibus fica imundo e especialmente escorregadio em dias de chuva.
A verdade é que eu estou me divertindo com a aventura de deixar o carro em casa em uma cidade como São Paulo e as surpresas que este novo hábito me oferece. Fico lendo os letreiros e tentando imaginar onde ficam aqueles lugares.
Não me incomoda errar o ponto, me segurar pra não cair no chão molhado ou mesmo esperar o ônibus certo chegar, afinal querer que o busão passe na hora que eu decidi sair de casa é demais. Mas acho um absurdo a falta de estrutura para esperar o ônibus. Sol forte um dia, chuva sem parar no outro e quando o ponto tem uma coberturazinha cabem apenas umas 5 pessoas. O resto fica na poça ao lado se equilibrando embaixo do guarda-chuva.
Mas, porém, contudo... mesmo com tudo isso eu ainda acho que vale a pena deixar o carro em casa. Enquanto o trânsito enlouquece com a chuva e a Paulista para vendo Papai Noel deitado e luzinhas de todas as cores, eu estou lá dentro sentada, aproveitando a meia hora que separa minha casa do trabalho para ler, pensar na vida, ver as pessoas, assistir a TV do ônibus. O carro é uma bolha, te separa do mundo e te enche de stress, além de liberar carbono só para transportar uma pessoa, então só vai sair de casa nos dias em que for necessário. Nos restantes, pode descansar!
E se você quer ver as luzes natalinas sem liberar carbono, vai lá no youtube que tem vídeos como este aí de cima. Alerta de denúncia de idade: essa música do vídeo tocava quando eu ia nos bailinhos da minha adolescênciaaaaaaaaaaaa.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

No Verão fica mais fácil se esverdear



Embora a estação comece oficialmente daqui a algumas semanas o clima do Verão definitivamente já chegou por aqui. Tá um super calor e tenho percebido que com o clima mais quente fica mais fácil ser sustentável.
O dia ensolarado nos convida a abrir a janela, deixar o sol entrar e aproveitar a luz natural para trabalhar. Graças ao santo horário de Verão, dá para caminhar na rua tranquilamente depois do trabalho! E, ao chegar em casa, é hora de ajustar o aquecedor para gastar menos gás (leia este outro post sobre a combinação perfeita entre água e gás) e deixar de lado a desculpinha de que se fechar o chuveiro para se ensaboar a água vai esfriar. Gente, ducha morninha é tudo de bom e vale a pena encarar a água fria também. É revigorante e dizem que faz bem pra pele, pro cabelo...
Bom Verão pra você também!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Hoje é Dia Reciclar nos Estados Unidos

Tive a oportunidade de ir a Nova York no ano passado. Amei a cidade e tudo o que ela oferece, mas durante os passeios e mesmo no hotel me chamou a atenção a quantidade de material descartável que se produz. É a mesma sensação que você deve ter quando vai a um fast food aqui no Brasil, mas multiplicada por todas as refeições.
Como tudo é feito com pressa e muita coisa é feita na rua, você entra numa deli (espécie de loja de conveniência com restaurante por quilo), compra seu almoço e vai pra praça mais próxima com isopor e plástico em punho. Ao contrário de outros países, não vi lixos separados em muitos lugares e rezei para que fossem ao menos separados depois (fiz errado, eu sei).
Bom, tudo isso para dizer que fiquei muito feliz quando descobri que hoje (15 de novembro) é o America Recycles Day, algo como o Dia de Reciclar nos Estados Unidos. Ok, pode dizer que um dia só não vale, mas o objetivo da data é gerar conhecimento sobre o tema e fazer com que as pessoas pensem a respeito.
Governos e empresas aproveitam a data para divulgar iniciativas de reciclagem e de redução dos vários lixos que geramos. Este texto, apresenta sete dicas para celebrar a data de forma simples. E outro site que reúne informações sobre o tema é o da Keep America Beautiful, uma rede de voluntários. Na página é possível encontrar locais de reciclagem, baixar material para divulgar a campanha, organizar e disseminar eventos.
Tomara que eles experimentem, gostem e incluam este hábito saudável em suas vidas!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O Natal chegou... e fiz uma cartinha para o Papai Noel


Há duas semanas passei na Ponte Estaiada e vi alguns homens se equilibrando para instalar as luzinhas. Não acreditei! Hoje passei pela Paulista e me dei conta: o Natal chegou mesmo e parece que a cada ano ele chega mais cedo. Os mega enfeites já estão na entrada dos shoppings e na vitrine das lojas!

Adoro o Natal e uma série de coisas boas que vem com ele: o esforço para encontrar os amigos que vc viu pouco durante o ano, a troca de carinhos com a família e as pessoas queridas, as comidinhas gostosas preparadas com todo cuidado por nossas mães e tias, o PANETONE, os pedidos para o Papai Noel (sim, eu ainda acredito nele!), as festas, os encontros, os presentes, as orações, a fé...
Mas, como tudo nesta vida, também tem uma parte do “pacote” que é um tanto triste, por isso vou compartilhar com vocês minha cartinha de desejos que poderiam mudar um pouquinho este cenário. Lá vai:

Querido Papai Noel, espero que neste ano deixem você vestir bermuda, camiseta e havaianas (porque aquela roupa não tem NADA de brasileira e eu passo mal de ver você com calor). Desejo, também, que os enfeites sejam reaproveitados (olha aí na foto que lindo está meu Papai Noel, que já tem uns 10 aninhos ou mais); que os presentes não precisem de embrulho; que as pessoas comprem o que é necessário apenas e não se importem com o valor, mas sim com o significado; que a gente enfeite e valorize árvores de verdade, daquelas que vão viver bastante e não sacrifique os pinheirinhos; que as luzes fiquem acesas apenas para fazer uma gracinha; que a comida que sobrar seja dividida e reaproveitada; e que a gente encontre uma forma de sempre melhorar nossa existência. Tudo de bom pro senhor! Lili