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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Adoro vinho, mas o que fazer com as rolhas?


Os amigos já sabem... Adoro vinho! O líquido a gente saboreia (água na boca), a garrafa a gente envia para reciclagem, mas e a rolha? Não temos aqui em casa aqueles utensílios fofos de decoração que ficam elegantemente expostos num canto da sala, então elas são acumuladas em potes reaproveitados como estes da foto.
Repassando a vasta lista de coisas que podem ou não ser recicladas comecei a pensar na rolha (afinal, os potes tem limite). Para começar a história, a cortiça que faz a rolha vem das cascas do sobreiro, uma árvore que só nasce em algumas partes da Europa e 50% da produção vem apenas de Portugal. Isso já a torna algo que deveríamos usar menos, pois é um recurso natural. É renovável, claro, a gente pode plantar mais destas árvores, mas como todo recurso natural deve ser utilizado com cautela, certo? Além do mais, o sobreiro demora muitos anos para fornecer a primeira casca e depois só pode ser “descortiçado” a cada 9 anos.
Já existem rolhas sintéticas, mas há quem diga que não funcionam da mesma forma. A cortiça tem partículas que permitem uma levíssima entrada de ar no vinho. Muito chique...
Em Portugal, o projeto Green Cork, liderado pela Quercus (Associação Nacional de Conservação da Natureza) em parceria com algumas empresas, criou um processo de coleta e reaproveitamento de cortiça. As rolhas não podem ser utilizadas para produtos alimentícios novamente, mas são trituradas e se transformam em placas e outros materiais. Já diminui bastante o número de sobreiros necessários. Este vídeo com o ator António Capelo conta como funciona.


Adorei o sotaque dele!
Tentei encontrar alguma iniciativa aqui no Brasil, mas não fui feliz... Você conhece alguma?

3 comentários:

  1. Olá!!! Na minha casa (e de todos amigos da família), as rolhas coletadas viram artesanato praiano. Meu pai "arrecada" a matéria-prima que iria para o lixo e transforma em arte!!! Se vc quiser um destino para as suas, aqui em casa aceitamos doações...rs Obrigada, beijos!

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  2. Acho que como não sou grande consumidora de vinhos, nunca pensei nisso. Achei muito interessante.
    Denise

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  3. Que legal, Estela! Sua casa fica aqui em São Paulo? Como fazemos para te entregar?

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